Entrevista

Entrevista com Epik High

14/07/2010 2010-07-14 20:43:00 KoME Autor: Equipe do KoME Tradução: Lena & Jules

Entrevista com Epik High

Entrevista com o Epik High no MIDEM em Cannes (França)


© Epik High
No dia 26 de janeiro, o Epik High foi para Cannes, França, participar do showcase do MIDEM. Após a apresentação, o grupo nos concedeu esta entrevista. Falamos sobre diversos assuntos e, apesar do visível cansaço, Tablo e Mithra foram muito simpáticos. A entrevista aconteceu nos bastidores, bastante agitado. Você poderá notar um pouco de barulho, diversos gritos e portas batendo, o que ocasionou risadas ao grupo.

Pedimos desculpas por demorar tanto para lançar esta entrevista, mas divulgamos ela com orgulho e para, quem sabe, matar um pouquinho das saudades que o grupo deixou neste período de hiato. Divirtam-se, e lembre que você pode escolher qual forma prefere: ler ou ver os vídeos.


Como vocês se sentiram em relação à sua apresentação?
Tablo: Foi muito empolgante. Estamos quase mortos agora. Havia uma senhora de 80 anos. Ela chegou lentamente, e quando a música começou ela se empolgou e eu a vi dançando no final. Isso é o suficiente para nós.



Sua apresentação pode ser vista como a introdução do k-pop para o público europeu. Como vocês se sentem por terem sido escolhidos para esse trabalho?

Tablo: É legal ser escolhido para qualquer coisa, na verdade. Não importa o tamanho, grande ou pequeno, se as pessoas querem nos ver então nós ficamos felizes de ir e arrasar. É ótimo.



Na opinião de vocês, quais são as principais diferenças entre os públicos asiático e europeu?

Tablo: Eu não sei se existe uma diferença, como se fossem duas coisas separadas, porque música é algo universal. Mas ao mesmo tempo, com certeza há... Quando alguém faz música, tudo sobre a pessoa vai nisso, as experiências que ela teve no país ou sua cultura. Isso aparece na música. Na Coreia temos um sistema político muito diferente, temos leis diferentes, temos valores culturais diferentes da Europa. Há muitas coisas que não são muito estritas, e ao mesmo tempo algumas das coisas que são estritas na Europa são muito vagas na Coreia. Então quando essas coisas entram na música, a canção pode se tornar mais poderosa em alguns momentos, mas no geral é a mesma coisa.



Vocês acham que é necessário que artistas coreanos cantem e se apresentem em inglês para conseguirem uma carreira fora da Ásia?

Tablo: Sim, acho que se a barreira do idioma não for um problema, então com certeza não tem problema. Ao mesmo tempo, eu nem acho que língua seja um problema porque sinto que quando me apresento no exterior o som do idioma coreano já é bonito por si só. É apenas como um instrumento que as pessoas não ouviram antes, então se podemos dar isso, acho que é o suficiente para trazer algo de novo para as pessoas.



Ano passado vocês falaram sobre se aventurar nos EUA e na Europa. Os EUA já tiveram alguns shows, como estão os planos para a Europa?

Tablo: Bem, a turnê europeia irá acontecer em breve. É um processo lento. É distante. Um de nossos membros está no exército agora, então talvez quando ele voltar. Mas talvez se alguém nos der um palco enorme para tocarmos nele, aí sim nós com certeza iríamos.



Vocês tiveram algum tempo livre para passear por Cannes? Gostaram?

Tablo: Sim, nós fomos à praia e experimentamos alguns restaurantes. O café é muito bom, e também comemos umas pizzas muito boas, para nossa surpresa. Também há um restaurante libanês lá que é muito bom. Comida francesa também, claro. Hoje nós comemos salmão Tartare. Foi assim. Tipo “Tar Tar!”. Tão bom.



O que vocês acham dos franceses?

Tablo: Sabe, é o mesmo que achamos de qualquer pessoa. Amo algumas pessoas e outras nem tanto, mas em geral os franceses que nós conhecemos foram muito convidativos, gentis e generosos. Foi divertido.



Vocês lançaram seu álbum, [e], em setembro. Por que decidiram juntar dois álbuns em um?

Tablo: Porque somos loucos! Não temos um motivo para fazer isso. Começamos um álbum e se as músicas acumulam e achamos que dão dois CDs, então colocaremos ele lá. Às vezes fazemos várias músicas, às vezes não, depende de como nos sentimos no momento.



Faz um ano desde que vocês se envolveram na aventura do Map The Soul. Poderia nos dizer como se sentem em relação à esse primeiro ano?

Tablo: Na verdade esse ano foi uma montanha russa. Tivemos nossos altos e baixos. Nos tornamos independentes e estamos trabalhando em nosso próximo álbum de estúdio. Nós unimos selos independentes para formar algo... No momento, a empresa da qual fazíamos parte se juntou à eles, então o que vai acontecer é que a música será feita de maneira independente. Ao mesmo tempo, a propaganda será melhor administrada e será em maior escala.



A música Wannabe fala sobre imitações. De onde tiraram inspiração para escrever essa música? Vocês sentem que o meio musical hoje é feito de cópias e seguir as principais tendências?

Tablo: Imitação está em todo lugar. A imitação da qual nós falamos não é sobre ser artificial. À nossa volta existem muitos problemas com pessoas imitando músicas de outras pessoas. A canção fala sobre ter seu próprio estilo. Mesmo que você não ache que é muito bom, se é você é você. E nós não temos visto muitas pessoas sendo elas mesmas, então decidimos fazer uma música para refletir sobre isso e talvez assim eu tenha minha própria força, sabe.



Vamos falar sobre o vídeo para Wannabe. É muito diferente se comparado aos outros vídeos, em termos de estilo. Por que decidiram fazer um vídeo engraçado, que na verdade parece não ter nada a ver com o tema da música?

Tablo: Nossos vídeos são normalmente muito sérios, mas esse vídeo é divertido. É uma paródia de O Hospedeiro, que é um filme coreano muito bom. Mithra aparece como o monstro verde, e isso foi idéia dele. Ele é um monstro, na verdade, só não é verde! Quer dizer, ele pode ser se isso for o necessário.



Epik High está em uma pausa, mas muitos fãs coreanos e internacionais estão esperando por vocês. Vocês já planejaram algo para o seu retorno?

Tablo: Na verdade, nós temos um álbum para sair em março. Não temos um título para ele ainda, mas vai ser um álbum muito bom, um álbum especial. Nosso grande retorno BOOM! será quando vocês menos esperarem, acho. Nós sempre estaremos aí. Nossa música não parou só porque não estamos ativos.



Nós ouvimos sobre projetos solo acontecendo em breve. Podemos esperar algum lançamento esse ano? Poderiam nos dizer algumas informações sobre esses projetos?

Tablo: Na realidade não temos nenhum plano, não somos pessoas muito organizadas. Não sabemos o que vamos fazer amanhã. Na verdade, vamos voltar para a Coreia amanhã, é a única coisa que sabemos! Mas não sabemos o que vamos fazer, não sabemos o que vai acontecer quando estivermos no estúdio. Não podemos dizer com certeza o que estamos fazendo, mas acho que um dia, quando estivermos prontos, teremos álbuns solo.



Vocês são bastante ativos no Twitter. O quão importante vocês acham que essas ferramentas online podem ser hoje em dia? Com a maior parte dos artistas coreanos usando me2day e Cyworld, vocês acham que podem alcançar mais fãs já que estão escrevendo em inglês?

Tablo: Acho que Twitter, Myspace e todos esses sites são importantes porque diferente de antes, quando artistas e fãs estavam separados por uma grande distância, agora você pode falar quase todo dia e manter diálogos mesmo que estejam muito separados. Acho que o poder da internet é bom para isso. Não ligo muito para os lucros, para lado dos negócios na internet, apenas a comunicação pura eu acho que é uma coisa maravilhosa. Mas não temos muitos seguidores, só cerca de 30 mil. Vi pessoas que tem cerca de 1 milhão de seguidores. Twitter não é muito grande na Coreia.



Tiger JK parece estar tentando preparar algo para o Haiti e nós sabemos que vocês enviaram algumas roupas e outras coisas para ajudar. Existem mais planos?

Tablo: Na verdade, Tiger JK e eu sempre estamos falando sobre essas coisas. A primeira coisa que podemos fazer é alertar muitas pessoas que não estão conscientes do fato de que isso está acontecendo. Muitas pessoas acham que um problema no exterior não é um problema deles porque é longe. Se algo de errado acontece nessa área, isso afeta todo mundo. Então é importante que as pessoas sejam mundialmente conscientes das coisas que estão acontecendo de errado. Assim como nos importamos com o que acontece no exterior, esperamos que as pessoas se importem com o que acontece na Coreia porque há muitas coisas ruins acontecendo na Coréia e esperançosamente as pessoas se interessarão por isso. Nós tentamos fazer com que as pessoas se interessem por tudo.



Vocês tem alguma mensagem especial para os leitores do KoME?

Tablo: Nós temos a mesma mensagem para todo mundo. Ame o próximo, se ame. Estamos tentando unir todo mundo, poderíamos usar um pouco de paz para o mundo. É, amor.




O KoME gostaria de agradecer ao Epik High, à família Map The Soul, Emily Han e Mao Yu por tornarem esta entrevista possível.
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