Último lançamento da banda Moonshine investe no estilo Gothic Metal e é uma agradável surpresa.
O último lançamento da banda de metal Moonshine traz grande surpresa aos seus fãs por mostrar um estilo mais melódico, diferente do que eles estavam acostumados a fazer.
O álbum é a prova de que a banda é capaz de seguir o estilo Gothic Metal, claramente presente pelo uso massivo do sintetizador, além do clima melancólico e sombrio.
A primeira música do álbum, Moonshine Madness, começa com o uivo de um lobo e um início dramático. Depois de uma longa introdução, podemos ouvir o vocalista em sua melhor forma, nos mostrando um vocal limpo e melódico.
A música é bastante obscura, com uma letra macabra que já abre caminho para o que está por vir.
O álbum segue com (We) Die Cold, que é introduzida com um ritmo bem marcado pela bateria e depois pelo baixo, acompanhados do som do sempre presente teclado.
A música conta com a participação do vocal feminino de Paranoid, e sem dúvida essa é uma das melhores surpresas de todo CD.
A sincronia entre o vocal doce e lírico de Paranoid combinado com o vocal forte e potente de Amon, tornam a música ainda mais interessante de se ouvir.
O refrão termina de forma dramática e a melodia que segue dá uma nova cara para a música.
No final, o refrão é repetido várias vezes, provando ser o clímax da canção.
A música termina com um final inesperado, dando o ar de que ela não foi concluída.
A terceira música do álbum, True Heart, é a mais emocionante.
Principalmente por causa do vocal marcante e profundo, que prova todo o talento de Amon.
Sem dúvida, Isolated é a música mais pesada do CD. Com um vocal rasgado e rápidos riffs de guitarra, a música faz lembrar os trabalhos anteriores da banda, se afastando bastante do gothic metal.
Dark Reception é a melhor música do álbum.
É uma canção de amor que gruda na cabeça e começa com a mistura de um vocal normal com um vocal abafado.
É tocado durante toda melodia as mesmas notas no teclado, mas ao invés do esperado, isso não enjoa, e sim dá um ar de familiaridade, como se fosse algo que esperássemos ouvir.
No meio da música, podemos ouvir um impecável solo de piano que torna a melodia ainda mais bonita e depois disso temos o corte perfeito para um poderoso solo de guitarra, para aí sim ser introduzido o refrão.
Chaos Lover é um pouco diferente das outras músicas por já começar agitada.
Outro ponto marcante é a presença do baixo um pouco mais alto que os outros instrumentos em alguns pontos.
Porém, do meio para o final, a música vai se tornando um pouco maçante, além do solo de guitarra ser simples demais para o que se espera de uma banda de metal.
Dying in Beauty tem um início dramático com o vocalista gritando "hate" (ódio).
A música começa mais lenta e vai se tornando mais e mais pesada aos poucos.
O mais interessante é que no refrão podemos ouvir uma melodia simples e alegre de teclado ao fundo, contrastando com as pesadas palavras do vocalista que diz: "you're gonna die without her love" (você vai morrer sem o amor dela).
As músicas inéditas do álbum terminam com uma faixa instrumental, Regret, que prova definitivamente o talento da banda.
Nessa faixa, podemos ver claramente o sintetizador sendo usado para criar sons de orquestra, ao mesmo tempo em que a batida tem um toque de doom metal, sendo lenta e repetitiva.
A música começa lenta, chega ao seu ápice e volta a ficar lenta até atingir seu ponto alto novamente, sendo assim, o encerramento perfeito para o um álbum bastante ousado da banda.
Por último, podemos ouvir versões coreanas das músicas Die Cold, Chaos Lover, True Heart e Dark Reception, provando que a língua pode ser facilmente adaptada ao metal e tornando o cd ainda mais acessível para o público coreano.
De uma maneira geral, a banda é bem sucedida em tentar um novo tipo de som, com a maioria das músicas começando com o teclado e algum instrumento marcando o ritmo, antes da entrada das sempre presentes guitarra de seu estilo anterior, death metal.
Com certeza, a banda alcançou seu objetivo de fazer seus fãs se lembrarem desse álbum eternamente, como propõe o título.