Resenha

Tenjochiki - Dear

16/03/2009 2009-03-16 12:00:00 KoME Autor: Pan

Tenjochiki - Dear

Novo álbum de Tenjochiki mostra um amadurecimento da banda que continua tentando conquistar o mercado japonês.


© Avex Entertainment Inc.
Álbum CD

Dear...

Cheon Sang Ji Hee The Grace

Mais de um ano após lançar seu primeiro álbum japonês, Graceful 4, Cheon Sang Ji Hee The Grace, que é conhecida no Japão como Tenjochiki, aposta novamente em suas poderosas vozes para lançar um novo álbum, Dear...

Incluindo dois de seus singles anteriormente lançados, Stand Up People e Here, Tenjochiki mostra que a banda evoluiu, está mais madura e pretende conquistar o público japonês com seu carisma, baladas pop típicas, músicas para dançar e algumas inovações.

O álbum começa com a já consagrada música Here, que foi tema tanto do filme, quanto do drama Homeless Chugakusei e é uma balada mais animada, que conta com a participação do famoso trio de hip-hop japonês Cliff Edge.
A primeira coisa que podemos notar na música é a perfeita sincronização das vozes das meninas, que começaram como uma banda acapella e evoluíram para um som mais pop.
A melodia bem calma e suave transmite uma inegável sensação de esperança, como se o tempo passasse e algo bom estivesse para acontecer.
As vozes masculinas da banda Cliff Edge, assim como seu DJ, complementam a música a tornando ainda mais marcante.
Começar o CD com um dos maiores hits da banda é a forma perfeita de introduzir o álbum, além de contar com a participação de uma banda relativamente famosa no Japão, o que certamente impulsionará a carreira de Tenjochiki.

A segunda música, Sukoshide ii kara, música título do álbum, faz parte da trilha sonora do filme japonês Subaru e é outra balada de amor, ainda mais lenta e começando no estilo que já é marca registrada da banda, com um piano destacando as vozes das cantoras.
Dana prova que é capaz de cantar notas bem agudas sem desafinar.
Conforme a segunda faixa vai evoluindo, vai se tornando mais intensa, porém sem perder sua sensibilidade.
A música é bem longa e por isso se torna um pouco cansativa, pois o refrão repete muitas vezes no final.

Em seguida temos uma faixa bem mais animada, Stand Up People, e essa é, sem dúvida, uma das melhores músicas do álbum.
Depois de tanto tempo no Japão, já é possível perceber a evolução das cantoras no idioma e que elas tem tudo para conquistar um mercado novo e se tornarem grandes divas do pop japonês.
A música segue o estilo de Piranha, com um refrão bem dançante, sendo quase impossível ficar parado.
Stephanie tem uma voz muito forte e marcante, se destacando bastante, principalmente na parte do rap, tão presente na música pop coreana e cada vez ganhando mais espaço no Japão.
As vozes de Lina e Sunday se complementam e se encaixam muito bem na música.

A quarta música, I don't know what to do, é bastante animada e lembra um pouco as músicas dos anos 60, com um toque retro.
Em algumas partes notamos um vocal um pouco abafado e é possível imaginá-las cantando em um musical da Broadway.
É uma prova da diversidade musical da banda e que as cantoras conseguem se adaptar a qualquer estilo.

Em seguida, Tenjochiki decide finalmente inovar com Party, sendo uma boa surpresa do álbum já que segue a linha rock. A banda consegue manter suas características originais e se adaptar estilo, que conta inclusive com solos de guitarra, bem diferente do som que estávamos acostumados a ouvir. É o tipo de música que seria interessante ver em um show sendo tocada por uma banda ao vivo.

Depois de tantas faixas agitadas, Tenjo no melody é a típica balada de amor.
Talvez a música mais fraca do álbum, não inova, nem acrescenta nada.

A disposição das musicas do CD é excelente, pois encontramos músicas mais lentas e agitadas intercaladas, proporcionando a cadência perfeita.

Near ~thoughtful・1220~ começa com um telefone tocando, Stephanie falando em inglês perfeito e de inicio tem-se a impressão que começará um jazz, mas na verdade a música é um j-pop bem típico. Um certo ar de melancolia nos invade no final, que apesar de um pouco longa, como a maioria das músicas de Tenjochiki, não chega a ser maçante.

Doushite... é a grande surpresa do álbum, começando com um piano tocando uma melodia que nos remete inclusive a bandas de visual kei como Malice Mizer, porém a primeira impressão é rapidamente desfeita conforme a música vai evoluindo.
É sem dúvida uma das melhores faixas do álbum e talvez da promissora carreira de Tenjochiki, contanto com violino e piano, muito bem trabalhados e que encerraria o álbum com perfeição, porém um epílogo ainda estava por vir.

Epilogue é a menor música do álbum e é instrumental, ela começa um pouco sombria, porém quando o piano entra já podemos notar o clima de despedida. Um final um pouco triste e melancólico, mas que marca esse que seria o melhor álbum da banda até então.

É interessante ressaltar que elas não utilizam muito o vibratto, tão comum em cantores de j-pop, o que dá uma sensação mais limpa da música e prova a capacidade das meninas, pois elas conseguem sustentar notas dificílimas por bastante tempo, sem precisar recorrer a nenhum tipo de artifício.

Dear... é o mais bem sucedido álbum japonês da banda até então e entra pra história de Tenjochiki, mostrando um som mais maduro dessa banda de meninas coreanas que querem conquistar o Japão.

Cada vez mais elas se distanciam das comparações com a banda Tohoshinki, provando que elas têm talento para caminhar com suas próprias pernas e apesar de ainda não terem alcançado o crescente sucesso da banda masculina, estão traçando o caminho certo para um futuro reconhecimento.

Só temos a esperar as surpresas que Stephanie, Lina, Sunday e Dana certamente ainda irão nos proporcionar.
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