Novo álbum de Tenjochiki mostra um amadurecimento da banda que continua tentando conquistar o mercado japonês.
Mais de um ano após lançar seu primeiro álbum japonês, Graceful 4, Cheon Sang Ji Hee The Grace, que é conhecida no Japão como Tenjochiki, aposta novamente em suas poderosas vozes para lançar um novo álbum, Dear...
Incluindo dois de seus singles anteriormente lançados, Stand Up People e Here, Tenjochiki mostra que a banda evoluiu, está mais madura e pretende conquistar o público japonês com seu carisma, baladas pop típicas, músicas para dançar e algumas inovações.
O álbum começa com a já consagrada música Here, que foi tema tanto do filme, quanto do drama Homeless Chugakusei e é uma balada mais animada, que conta com a participação do famoso trio de hip-hop japonês Cliff Edge.
A primeira coisa que podemos notar na música é a perfeita sincronização das vozes das meninas, que começaram como uma banda acapella e evoluíram para um som mais pop.
A melodia bem calma e suave transmite uma inegável sensação de esperança, como se o tempo passasse e algo bom estivesse para acontecer.
As vozes masculinas da banda Cliff Edge, assim como seu DJ, complementam a música a tornando ainda mais marcante.
Começar o CD com um dos maiores hits da banda é a forma perfeita de introduzir o álbum, além de contar com a participação de uma banda relativamente famosa no Japão, o que certamente impulsionará a carreira de Tenjochiki.
A segunda música, Sukoshide ii kara, música título do álbum, faz parte da trilha sonora do filme japonês Subaru e é outra balada de amor, ainda mais lenta e começando no estilo que já é marca registrada da banda, com um piano destacando as vozes das cantoras.
Dana prova que é capaz de cantar notas bem agudas sem desafinar.
Conforme a segunda faixa vai evoluindo, vai se tornando mais intensa, porém sem perder sua sensibilidade.
A música é bem longa e por isso se torna um pouco cansativa, pois o refrão repete muitas vezes no final.
Em seguida temos uma faixa bem mais animada, Stand Up People, e essa é, sem dúvida, uma das melhores músicas do álbum.
Depois de tanto tempo no Japão, já é possível perceber a evolução das cantoras no idioma e que elas tem tudo para conquistar um mercado novo e se tornarem grandes divas do pop japonês.
A música segue o estilo de Piranha, com um refrão bem dançante, sendo quase impossível ficar parado.
Stephanie tem uma voz muito forte e marcante, se destacando bastante, principalmente na parte do rap, tão presente na música pop coreana e cada vez ganhando mais espaço no Japão.
As vozes de Lina e Sunday se complementam e se encaixam muito bem na música.
A quarta música, I don't know what to do, é bastante animada e lembra um pouco as músicas dos anos 60, com um toque retro.
Em algumas partes notamos um vocal um pouco abafado e é possível imaginá-las cantando em um musical da Broadway.
É uma prova da diversidade musical da banda e que as cantoras conseguem se adaptar a qualquer estilo.
Em seguida, Tenjochiki decide finalmente inovar com Party, sendo uma boa surpresa do álbum já que segue a linha rock. A banda consegue manter suas características originais e se adaptar estilo, que conta inclusive com solos de guitarra, bem diferente do som que estávamos acostumados a ouvir. É o tipo de música que seria interessante ver em um show sendo tocada por uma banda ao vivo.
Depois de tantas faixas agitadas, Tenjo no melody é a típica balada de amor.
Talvez a música mais fraca do álbum, não inova, nem acrescenta nada.
A disposição das musicas do CD é excelente, pois encontramos músicas mais lentas e agitadas intercaladas, proporcionando a cadência perfeita.
Near ~thoughtful・1220~ começa com um telefone tocando, Stephanie falando em inglês perfeito e de inicio tem-se a impressão que começará um jazz, mas na verdade a música é um j-pop bem típico. Um certo ar de melancolia nos invade no final, que apesar de um pouco longa, como a maioria das músicas de Tenjochiki, não chega a ser maçante.
Doushite... é a grande surpresa do álbum, começando com um piano tocando uma melodia que nos remete inclusive a bandas de visual kei como Malice Mizer, porém a primeira impressão é rapidamente desfeita conforme a música vai evoluindo.
É sem dúvida uma das melhores faixas do álbum e talvez da promissora carreira de Tenjochiki, contanto com violino e piano, muito bem trabalhados e que encerraria o álbum com perfeição, porém um epílogo ainda estava por vir.
Epilogue é a menor música do álbum e é instrumental, ela começa um pouco sombria, porém quando o piano entra já podemos notar o clima de despedida. Um final um pouco triste e melancólico, mas que marca esse que seria o melhor álbum da banda até então.
É interessante ressaltar que elas não utilizam muito o vibratto, tão comum em cantores de j-pop, o que dá uma sensação mais limpa da música e prova a capacidade das meninas, pois elas conseguem sustentar notas dificílimas por bastante tempo, sem precisar recorrer a nenhum tipo de artifício.
Dear... é o mais bem sucedido álbum japonês da banda até então e entra pra história de Tenjochiki, mostrando um som mais maduro dessa banda de meninas coreanas que querem conquistar o Japão.
Cada vez mais elas se distanciam das comparações com a banda Tohoshinki, provando que elas têm talento para caminhar com suas próprias pernas e apesar de ainda não terem alcançado o crescente sucesso da banda masculina, estão traçando o caminho certo para um futuro reconhecimento.
Só temos a esperar as surpresas que Stephanie, Lina, Sunday e Dana certamente ainda irão nos proporcionar.