Com 2015 se aproximando, o JaME preparou um especial de quatro partes para apresentar os artistas que acreditamos ter grande potencial de fazer bonito em um futuro próximo. No primeiro artigo da nossa série "Artistas Promissores de 2015", conheça uma das novas perspectivas mais brilhantes do movimento "girls' metal".
Introdução
Vindo da cidade de Fukuoka, o
BRIDEAR foi formado em novembro de 2011 pela vocalista
KIMI, a guitarrista
MITSURU e a baixista
HARU. A baterista de apoio
KAI se tornou membro oficial em fevereiro de 2012, seguida pela segunda guitarrista
Misa em abril. Neste mesmo mês, o
BRIDEAR fez seu show de estreia no Spiral Factory em Fukuoka.
Em 1º de agosto, a banda se aventurou fora de Fukuoka pela primeira vez, tocando no
nonLinear Metal DynamiX 2012-Vol.7 em Nagoya. A primeira demo,
Pray / Another name foi lançada em 8 de agosto, seguida pelo single de estreia,
Thread Of The Light / Roulette, em 17 de março de 2013.
Enquanto isso, as garotas mantiveram uma agenda ocupada de turnês, fazendo shows pelo Japão. Esses incluíram uma aparição no
WOMEN’S POWER Vol.54 em Osaka em março, e um ato de abertura no show de 10º aniversário da banda de
Yama-B,
AXBITES, em maio. O
BRIDEAR completou o agitado 2013 com o lançamento de seu mini álbum de estreia
Overturn The Doom em 18 de dezembro, junto com um show one-man no Kichijoji CRESCENDO em Tóquio no dia 26 de dezembro.
Em fevereiro de 2014, o
BRIDEAR patrocinou seu primeiro evento,
BRIDEAR Presents Edge Of Infinity -Vol.1-, que ocorreu no BEAT STATION em Fukuoka. Em 9 de março a banda abriu para
Yousei Teikoku no evento apenas para homens
GEGENANGRIFF: zweit. Em julho, as garotas retornaram mais uma vez ao BEAT STATION para um show com o
LIGHT BRINGER, parte da última
Lovely Music Tour 2014 ~Reprise The Infinite Fantasy~. Em 22 de outubro, o
BRIDEAR lançou seu segundo single,
Light In The Dark / NO SALVATION.
Passados três anos, as perspectivas do
BRIDEAR estão parecendo mais brilhantes do que nunca. A banda continua implacavelmente em turnê, e parece preparada para tomar logo seu lugar entre a elite “girls’ metal”.
Entrevista
Como as integrantes se encontraram pela primeira vez?
BRIDEAR: A vocalista, a baixista e a baterista já tocavam juntas em sua banda anterior antes de formarmos o
BRIDEAR. Encontramos as duas guitarristas em um site de recrutamento de membros de bandas.
O que inspirou vocês a formar uma banda de metal só de meninas?
BRIDEAR: Pensamos que seria mais legal se mulheres pudessem criar música legal com apenas mulheres. Nós gostaríamos de aproximar a música da sensibilidade feminina.
Quem são as principais influências musicais do BRIDEAR?
BRIDEAR: Cada integrante da banda é influenciada por pessoas diferentes. Como um todo, somos principalmente influenciadas por bandas de metal ocidentais, bandas japonesas de metal ou bandas de J-rock.
Parabéns pelo seu novo single. Há planos para uma álbum de estreia em um futuro próximo?
BRIDEAR: Nada está decidido ainda, mas esperamos anunciar algo no ano que vem.
Por favor, completem a frase: Caros leitores do JaME …
BRIDEAR: Nós somos a banda feminina japonesa
BRIDEAR. Continuaremos enviando nossas músicas a vocês, então, por favor, nos apoie! Se fizermos uma turnê mundial, não deixe de vir ao nosso show!
Resenha
Título do lançamento:
Overturn The Doom
Data do lançamento: 19/12/2013
Geralmente é possível ver, dentro de gêneros estabelecidos como metal e hip-hop, que pode levar pelo menos dois ou três álbuns para artistas novos conseguirem alcançar o gênero que funciona para eles. Não foi o caso do
BRIDEAR. Lançado menos de dois anos após a formação da banda, e precedido apenas de um demo e um single, o mini álbum
Overturn The Doom mostra cinco mulheres jovens explodindo em confiança, e com habilidades de composição invejáveis.
Atualmente é uma prática padrão em bandas de metal, tanto no ocidente quanto no oriente, começar seus álbuns com um tipo de prelúdio instrumental. Às vezes, este pode ser um pouco mais que quatro barras de cordas MIDI repetidas por minuto.
BRIDEAR foi completamente contra esse padrão com
New Era, uma overture orquestrada madura de dois minutos que abre o mini álbum em grande estilo.
A primeira música
Pray marca uma mudança significativa no estilo. As cordas e xilofone são substituídas pelos afiados riffs de hard rock das guitarras de
Misa e
MITSURU e a batida marcante de
KAI ao fundo. O gemido de "feedback" que termina a faixa sinaliza outra transição;
Thread Of The Light, uma versão estendida de uma canção do single de estreia da banda, é a primeira faixa de metal propriamente dita do lançamento. De forma bastante apropriada,
Imitation se segue, e uma boa parte dos cinco minutos totais de faixa vão para os solos alternados de
Misa e
MITSURU.
A mais melodiosa
Another Name oferece uma leve suspensão dos riffs agressivos e traz o gancho vocal mais cativante do lançamento. O power metal meio que volta em
Voice Is To Silence, que provavelmente esbanja a melhor amostra de habilidades das guitarristas no mini álbum. Um sintetizador também aparece proeminente no refrão.
Para terminar,
BRIDEAR revela o ambicioso épico de sete minutos,
Wing Of Hope, uma faixa dominada pelo vocal sonoro de
KIMI. No meio desse hino elevado, cada integrante tem seu momento para brilhar: as guitarristas entregam um solo harmonizado impressionante,
KAI preenche o som com uma batida super rápida e mesmo a baixista
HARU mostra um pequeno solo. Mesmo assim, a faixa definitivamente pertence a
KIMI. Perto do final, elementos orquestrados são adicionados à mistura, adicionando uma camada extra à grandiosidade nos minutos finais de
Wing Of Hope. Então
Misa e
MITSURU rasgam seu caminho pelos últimos 30 segundos, dando a
Overturn The Doom um final metal apropriado.
Deve-se aplaudir a dedicação do
BRIDEAR ao gênero que elas escolheram; diferente de alguns grupos "girls' metal" mais estabelecidos, não há uma balada ou canção pop a vista aqui. Pelo contrário, elas mantém o som cru, puro e, acima de tudo, pesado. Elas provavelmente vão continuar em um longo caminho; se as seis faixas de
Overturn To Doom foram o suficiente para que elas tocassem em shows duplos com outras bandas como
LIGHT BRINGER, imagine a força com que um álbum completo dessa qualidade pode impulsioná-las.